Atropelador de Porto Alegre é condenado

Mais de cinco anos após atropelar 17 ciclistas em Porto Alegre, o servidor público Ricardo José Neis foi condenado pela 1ª Vara do Júri da Capital a 12 anos e 9 meses de prisão, em regime inicialmente fechado. Cabe recurso.

O réu já foi condenado em ações civis, porém, em pelo menos uma, não pagou o valor devido à vítima, apesar de ter remuneração mensal de R$ 22.567,61 (valor consultado no Portal da Transparência).

Imagens (XXIII)

Motoristas de ônibus vão ao trabalho de bicicleta

Garagem da Viação Anapolina (Luziânia, Goiás). Foto do blog.

Uma morte trágica e uma carta

Carta aos familiares do Sr. Fabrício Torres

Queremos primeiramente pedir perdão à família do Sr. Fabrício pela imensa dor causada. Depois da decisão erradíssima de dirigir após beber, o Rafael atropelou o Sr. Fabrício.

Aproveitamos para esclarecer que o Rafael não fugiu do local do acidente e a investigação da polícia não apontou a omissão de socorro.

Já entramos em contato com a família do Sr. Fabrício e estamos disponíveis para dar todo apoio necessário nessa hora trágica.

Finalmente, gostaríamos de fazer um apelo a todos os jovens que acham que essa tragédia só acontece com os outros. Ao dirigir depois de beber, você pode destruir a vida de uma família inocente, destruir a vida da sua família e destruir a própria vida.

Respeitosamente,
Rafael e família.

Essa é a carta divulgada pela família de Rafael de Melo Balaniuk, de 25 anos, que atropelou na última sexta-feira (3) Fabrício Torres da Costa, de 35 anos. Rafael, sob efeito de álcool, num carro. Fabrício, a caminho do trabalho, de bicicleta. Rafael, preso em flagrante, pagou fiança de R$ 15 mil e foi solto. Fabrício, com um coágulo na cabeça, morreu no sábado.

A carta pode ter muitas intenções, das mais nobres às mais calculadas, mas o certo é que traz um apelo final que repete alertas e campanhas de conscientização: se beber, não dirija.

Mas é só isso que essa tragédia nos ensina?

A morte de Fabrício não é apenas fruto de uma “decisão erradíssima” de dirigir após beber. É consequência necessária de uma sociedade carrocêntrica e umbiguista que despreza o convívio e o cuidado mútuo.

Não dirigir depois de beber é uma obviedade. O álcool prejudica os reflexos, reduz a atenção e induz a comportamentos irresponsáveis. Mas ninguém – nem numa bicicleta, nem num carro, muito menos a pé – estaria seguro simplesmente se todo motorista se abstivesse de dirigir depois de beber. O que temos hoje é um modelo de transporte irracional, desumano, excludente e violento.

E tudo isso, tanto quanto o álcool, leva (também) à morte.

Imagens (XXII)

Memorial JK. Foto do blog.

Memorial JK. Foto do blog.

4º Batalhão da PM implanta policiamento com bicicleta no Guará (DF)

Com o objetivo acabar com as manchas criminais na cidade do Guará, o 4º Batalhão vai dar início à Operação Gurgel. A ação vai contar com vários tipos de patrulhamento, inclusive com o retorno do policiamento ciclístico. O programa vai ser lançado nesta terça (27), às 19h, na sede do Batalhão.

A operação vai concentrar uma base comunitária móvel, acompanhada de policiais em viaturas, a pé e em bicicletas, na QE 40, Avenida Contorno do Guara II e na Avenida Central do Guará I. Segundo a Secretaria de Segurança estas são as áreas com maiores índices criminais no Guará. Este policiamento vai vigorar a partir desta quarta-feira (28).

Para a primeira semana de fevereiro o 4º Batalhão vai disponibilizar para a população um número direto para a unidade, o 3910-1616. A partir deste número o Batalhão vai acionar a viatura que ficará responsável somente por aquela quadra, que fará o policiamento ostensivo diuturnamente na área.

A intenção é dinamizar o trabalho policial aumentando a velocidade no atendimento das ocorrências.

“Vamos adotar um policiamento por quadras, toda a área do Batalhão será fragmentada em subsetores e cada setor terá uma viatura responsável. Assim, vamos garantir maior mobilidade e proporcionaremos uma proximidade maior com o cidadão”, afirmou o comandante da unidade tenente-coronel André Luís.

Para combater o furto e roubo de ciclistas, o Batalhão criará um sistema de cadastro de bicicletas que visa a identificação dos donos e a rápida restituição do bem subtraído.

A Operação Gurgel recebeu este nome para homenagear um morador do Guará que muito contribui com o serviço da Polícia Militar.

O texto é da PM DF.

Com R$ 30 por dia, casal do DF viaja de bicicleta e conhece 13 países

Raquel Morais
Do G1 DF

A bordo de bicicletas e com uma barraca como abrigo, a publicitária Julie Assêncio e o administrador de redes Thiago Ruiz encontraram uma forma barata e até saudável de realizar o sonho de viajar pelo mundo. O casal deixou Brasília em maio e ainda não tem data para voltar. O roteiro já percorrido inclui 13 países europeus e asiáticos, com um gasto diário de apenas R$ 30 para os dois.

A ideia surgiu depois de o casal percorrer o Ceará de bike em agosto de 2013. “Foi uma experiência maravilhosa. Vimos que com a bicicleta poderíamos ir muito longe gastando pouco. Voltamos da viagem e a vontade de continuar não saía de nossas cabeças. Foram dois meses absorvendo essa viagem, e em sete meses já estávamos com tudo pronto para embarcar na grande viagem de nossas vidas”, lembra Julie.

Para viabilizar o sonho, eles venderam os carros e abandonaram os empregos. O itinerário foi dividido em três etapas: Europa, Ásia e Brasil. A publicitária, de 30 anos, mora em Santa Maria. Ruiz, em São Sebastião. O casal pegou um voo até Portugal em 17 de maio, onde comprou as bicicletas e deu início ao projeto.

“Começamos pela Europa por causa da facilidade em encontrar bons equipamentos e pela estrutura que os países oferecem para os viajantes”, explica o administrador de redes. “[No] Nosso primeiro dia de viagem pedalamos somente 20 quilômetros, pois logo no primeiro local que paramos, em uma lanchonete, o dono nos convidou para dormir em sua casa. Foi muito legal. Foi nossa primeira experiência de dormir na casa de pessoas que você nunca havia visto na vida. Fomos tratados como reis.”

Desde então, eles já passaram pela Espanha, Andorra, França, Itália, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzovina, Sérvia, Bulgária, Turquia, Índia e Nepal – onde escolheram passar o Natal e o réveillon. As fotos, que retratam as belezas naturais, monumentos e costumes desses países, ilustram uma página em rede social. Parte das experiências também é publicada.

(…)

Blog do casal aqui.

Ônibus do DF podem ser obrigados a ter suporte para bike… em 2023

A Câmara Legislativa do DF aprovou projeto de lei do deputado Robério Negreiros (PMDB) que exige a instalação de suporte para a colocação de bicicletas nos ônibus da capital. Porém… o PL 1.260/2012 especifica que “o disposto nesta lei não se aplica aos contratos de concessão vigentes ou às licitações com edital publicado antes da sua vigência”. Como a licitação dos ônibus do DF foi concluída no ano passado, com contratos de dez anos, renováveis por igual período, parece que a lei não será de grande utilidade.

É claro que o governo do Distrito Federal pode negociar com as empresas para que a proposta seja implementada antes de 2023.

(Obs.: O projeto ainda vai para sanção, ou seja, pode ser vetado pelo governador e nem virar lei.)

Oficina mostra como fiscalizar políticas de mobilidade urbana

O Observatório Social de Brasília e o Movimento Nossa Brasília realizam, no dia 6 de dezembro (sábado), a partir das 9h, a oficina “Transparência e Mobilidade”. O evento tem como objetivo mostrar a importância do controle social e apresentar meios para a obtenção de informações públicas, com foco nas políticas de mobilidade urbana do Distrito Federal.

Na oficina, entre outras atividades, serão discutidas as principais diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012) e apresentadas maneiras de usar a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) para obter informações que, apesar de públicas, nem sempre são de fácil acesso pela sociedade.

Confirme sua presença. As vagas são limitadas.

Oficina “Transparência e Mobilidade”
Data: 6/12/2014
Horário: 9h às 13h
Local: Balaio Café (CLN 201, Bloco B – Asa Norte)

Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

Vivian Reis
Do G1, em São Paulo

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. “O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro”, afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

(…)

Um correspondente (de bike) em São Paulo

O jornalista Vincent Bevins, correspondente do Los Angeles Times no Brasil, relatou via Twitter uma experiência interessante vivida em São Paulo na semana passada.

vinbev

Em tradução livre:

Na noite passada tentei ir de bicicleta a um restaurante de classe média em São Paulo. Fui tratado como se estivesse com uma bomba. O restaurante não queria de jeito nenhum que minha bicicleta ficasse à vista ou fosse deixada em qualquer lugar próximo ao estabelecimento. Era como se eu fosse um perigoso bolchevique. Em Londres, sempre pedalei do trabalho, no Financial Times, até o St. John.